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A blockchain na saúde pública vem ganhando espaço como uma tecnologia essencial para melhorar a segurança, a transparência e a eficiência no combate às doenças transmitidas por vetores. E essa urgência se reflete nos dados: só em 2024, o Brasil ultrapassou a marca de 4,1 milhões de casos prováveis de dengue, segundo a Folha de São Paulo, com mais de 1.800 mortes confirmadas até abril. De acordo com a Fiocruz, trata-se do pior surto já registrado no país.

Esses números revelam uma dura realidade: os métodos tradicionais, como inspeções manuais e pulverizações, já não dão conta da complexidade da situação. É fundamental adotar novas abordagens e tecnologias capazes de responder com agilidade, precisão e confiança. Entre essas inovações está o uso da blockchain na saúde pública, que tem o potencial de transformar a forma como os dados são coletados, compartilhados e auditados.

O que é blockchain e como funciona na saúde pública?

A blockchain é uma estrutura digital descentralizada e imutável que registra informações em blocos conectados em sequência. Esses blocos são criptografados e compartilhados em uma rede distribuída, o que garante que nenhuma informação possa ser alterada sem que toda a rede saiba — daí sua transparência e segurança.

Esse sistema, conhecido como tecnologia de registros distribuídos, é resistente a fraudes, ideal para ambientes que lidam com dados sensíveis e precisam de rastreabilidade total. E na saúde pública, isso significa confiança nos números, nas ações realizadas e nos resultados alcançados.

Segurança de dados na saúde pública

A segurança de dados é uma prioridade crescente em todas as áreas, mas na saúde pública ela é vital. Dados pessoais, informações médicas, localizações de focos e decisões estratégicas precisam ser protegidas de acessos não autorizados e manipulações. A blockchain oferece um ambiente protegido e auditável, onde cada alteração fica registrada com hora, data e identidade do responsável.

Com isso, é possível rastrear toda a cadeia de ações no combate à dengue — do mapeamento por drones à aplicação de larvicidas — e garantir que os recursos foram utilizados corretamente. Essa visibilidade também aumenta a confiança da população e dos profissionais de saúde nas políticas adotadas.

Desafios na gestão de dados

Atualmente, um dos principais obstáculos na gestão da dengue é a fragmentação dos dados. Informações muitas vezes ficam isoladas entre municípios, estados e o governo federal, dificultando a resposta coordenada. Além disso, faltam padrões para o compartilhamento seguro dessas informações.

A tecnologia de registros distribuídos resolve esse problema ao permitir que todos os entes envolvidos acessem dados atualizados em tempo real, com integridade garantida. Isso otimiza o rastreamento de tudo: desde a identificação dos focos, passando pela aplicação de larvicidas, até a avaliação da eficácia das ações.

Exemplos práticos de uso da blockchain no combate à dengue

Mosquito pousado sobre um teclado de computador, simbolizando o uso de blockchain na saúde pública para o monitoramento digital de vetores de doenças
  • Registro imutável e transparente de dados epidemiológicos (número de casos, localizações, evoluções);
  • Rastreamento da distribuição e uso de larvicidas, inseticidas e insumos;
  • Gerenciamento seguro de dados de campo coletados por drones e equipes;
  • Compartilhamento de informações entre municípios, estados e União;
  • Criação de um histórico detalhado e confiável das ações de controle vetorial.

Com esses registros, gestores públicos podem comprovar ações, otimizar processos e evitar fraudes, garantindo que os investimentos feitos sejam de fato revertidos em saúde para a população.

Desafios e oportunidades na adoção da blockchain

Claro que a implementação da blockchain na saúde pública brasileira enfrenta desafios técnicos e regulatórios: infraestrutura digital limitada em algumas regiões, resistência à mudança, falta de padronização e necessidade de capacitação dos servidores públicos.

Por outro lado, há grandes oportunidades de colaboração entre governos, universidades, empresas de tecnologia e organizações internacionais. Projetos-piloto poderiam ser iniciados em municípios com histórico grave de dengue, estabelecendo modelos replicáveis e sustentáveis.

O papel do Techdengue na inovação

O Techdengue é uma solução brasileira inovadora, criada em 2016 pela Aero Engenharia. A plataforma combina drones, inteligência de dados e análises territoriais para detectar e eliminar focos do Aedes aegypti com precisão superior a 95%. O processo inclui planejamento com prefeituras, mapeamento aéreo, análise via LIRAa, aplicação de larvicidas e entrega de relatórios estratégicos.

Com a integração da blockchain, o Techdengue pode registrar cada etapa das operações de forma auditável, protegendo os dados sensíveis e garantindo a rastreabilidade total das ações. Isso fortalece a confiança nos resultados e oferece aos gestores públicos ferramentas modernas de prestação de contas.

Um novo modelo de saúde pública é possível

A aplicação da blockchain na saúde pública é uma oportunidade concreta de transformar a maneira como combatemos epidemias como a dengue. Ao trazer mais segurança, transparência e eficiência, a tecnologia pode ser a chave para políticas mais efetivas e sustentáveis.

Gestores públicos, o Techdengue oferece uma solução comprovada e eficaz no combate à dengue e outras arboviroses. Ao integrar nossa tecnologia de ponta com o potencial da blockchain para maior transparência e segurança de dados, podemos construir um futuro mais saudável e protegido para sua população. 

Entre em contato conosco e descubra como o Techdengue pode ser um parceiro estratégico na sua gestão de saúde pública.